A noite desta quinta-feira (7) foi marcada pela assinatura do Termo de Formalização da Rede de Proteção e Atendimento à Mulher em Situação de Violência Doméstica em Valença do Piauí. O ato representa um marco importante no fortalecimento da luta contra a violência e na proteção às mulheres do município.

A solenidade, realizada no auditório do Fórum, reuniu entidades públicas, privadas e religiosas. O evento também contou com a palestra “A mulher pode estar onde ela quiser com segurança e respeito”, ministrada pela psicóloga Liliane Campos.

De acordo com o juiz Dr. José Sodré, a união de 23 instituições e órgãos em defesa da mulher é um momento histórico.

“Sem dúvidas nenhuma esse momento é um momento histórico, a formalização dessa rede que é a concretização de um plano que a gente tem executado aqui na Comarca, encabeçada pela professora Mauricelia e pela Drª Débora Geane, promotora de Justiça. Esse momento aqui é o ponto inicial para que a mulher vítima de violência doméstica e familiar tenha apoio de uma rede integrada, com protocolo institucionalizado, sabendo cada um o que faz e com comunicação entre os órgãos. Isso é um avanço muito grande”, afirmou o magistrado.

Para Mauricelia Sousa, essa união era desejada há muitos anos.

“Há muito tempo que buscávamos ter essa articulação em rede para melhorar o atendimento e a proteção à mulher, então hoje é um momento muito importante, de relevância para o nosso município e para nós mulheres. Porque aqui nós lançamos uma carta de serviços, onde todas as pessoas que possam estar assistindo uma violência contra a mulher possam procurar um dos órgãos que estão nessa carta pra fazer essa denúncia”, afirmou.

Bastante envolvida na causa, a promotora Drª Débora Aragão destacou a importância da rede e chamou atenção para pontos que ainda precisam avançar, como a implantação de uma delegacia exclusiva para mulheres.

“Foi um passo importante, mas que ainda precisa ser melhorado, ter uma delegacia de preferência com uma delegada mulher exclusiva aqui em Valença é o ideal. Hoje temos um delegado que está respondendo por Inhuma e pela delegacia da mulher aqui em Valença, então ainda temos um tanto para conseguir nessa área. Mas estamos na luta, isso é que é importante também”, disse a promotora, que não escondeu sua alegria pela efetivação da rede.

“É uma conquista, é uma vitória. Aqui em Valença eu já fiz júris bem dramáticos envolvendo feminicídio e violência contra a mulher, então saber que estamos progredindo, caminhando e melhorando institucionalmente dá alegria e traz emoção”, afirmou. Acesse aqui a carta de proteção